Bandeira do Pará

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Bandeira do estado do Pará
Bandeira do estado do Pará
Aplicação
Proporção 7:10[1]
Adoção c. 1890
Descrição Em campo de goles (vermelho) uma banda de prata (branca), carregada ao centro de uma estrela de blau (azul).

A Bandeira do estado do Pará é um dos símbolos oficiais do estado brasileiro do Pará.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Um dia após a adesão a República em 16 de novembro de 1889, bem como em seus anos iniciais, a bandeira do Clube Republicano Paraense figurou como bandeira estadual. De autoria de Philadelpho de Oliveira Condurú, era assim descrita:

Bandeira partida em pala, de vermelho, branco, vermelho, com uma estrela azul no centro.[3][4]

No dia 10 de abril de 1890, o Conselho Municipal, por proposição do seu presidente, Artur Índio do Brasil, aprovou projeto fazendo do distintivo do Clube, a bandeira do município de Belém.

Já em 3 de junho de 1890, um projeto de lei para oficialização da bandeira foi apresentada pelo deputado Higino Amanajás na Câmara Estadual. Seu conteúdo era o seguinte:

O Congresso Legislativo do Estado do Pará decreta:
Art. 1º — Fica considerada como Bandeira do Estado do Pará a que servia de distintivo ao Clube Republicano Paraense, antes da proclamação da República, e que em sessão de 10 de abril de 1890 foi adotada como Bandeira do Município.
Art. 2º — Renovam-se as disposições em contrário.[5]

Ribeiro registra que o projeto não chegou a ser oficializado, sendo rejeitado no Senado, por inspiração do presidente Augusto Montenegro, sob o fundamento de que todos os brasileiros deviam ter como único pavilhão a bandeira do Brasil.[4]

O atual desenho da bandeira, que fora utilizado como referência na confecção do brasão oficializado em 1903, é assim composto: um retângulo vermelho com uma faixa branca oblíqua, que vai do canto superior esquerdo ao canto inferior direito, e uma estrela azul no centro da faixa.

Simbolismo[editar | editar código-fonte]

Bandeira do Clube Republicano Paraense.[4]

A faixa branca é a faixa planetária e representa o Zodíaco "projetada como um espelho horizontal". Lembra tanto a linha do equador quanto o Rio Amazonas.

A estrela simboliza o estado, que na bandeira nacional corresponde a Espiga, a estrela alfa de primeira grandeza da constelação de Virgem. No pavilhão brasileiro, é a única estrela acima da faixa com o dístico "Ordem e Progresso" porque, à época da proclamação da República, era o Estado cuja capital, Belém, era a mais setentrional do país. Outra afirmação do porquê a estrela é solitária foi porque o estado foi a última província a aceitar a independência do Brasil de Portugal.[carece de fontes?]

O vermelho é a força do sangue paraense, que corre nas veias como um verdadeiro espírito de luta harmonizada, dando provas da dedicação dos patriotas nas causas da adesão do Pará à Independência e à República, realizadas em 15 de agosto de 1823 e 16 de novembro de 1889, respectivamente.

Versões recentes[editar | editar código-fonte]

Com o desenvolvimento de propostas separatistas dentro do território paraense, mais especificamente das regiões sul e oeste do estado, e o posterior Plebiscito sobre a divisão do estado do Pará, surgiram as propostas de bandeiras para Carajás e Tapajós. As bandeiras das propostas se caracterizam pela adoção das cores da Bandeira do Brasil.[6]

Bandeira do Carajás
Bandeira do Carajás
Bandeira do Tapajós
Bandeira do Tapajós

Referências

  1. «Flag of Pará». Consultado em 5 fev. 2011 
  2. ALVES. Derly Halfeld. Bandeiras: nacional, históricas e estaduais. Brasília. Edições do Senado Federal, 2011. ISBN 978-85-7018-358-3.
  3. CARVALHO, Alfredo de. Brasões do Brasil Republicano. In: Almanach de Pernambuco'. 1904
  4. a b c RIBEIRO, Clóvis (1933). Brazões e Bandeiras do Brazil. São Paulo: São Paulo Editora. p. 154 
  5. CRUZ, Ernesto Horácio da (1973). História do Pará. 2. Belém: Governo do Estado do Pará. p. 527 
  6. «Bandeira do Estado de Carajás». Jornal Folha do Pará