A36 (autoestrada)

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A36

IC17


CRIL - Circular Regional Interior de Lisboa

Portugal
Mapa

Mapa da autoestrada A36
Tipo Autoestrada
Extensão 21 km
Orientação Sudoeste a Nordeste
Extremos
 • Sudoeste:
 • Nordeste:

Algés (Oeiras)
Sacavém (Loures)
Interseções  A 1 ,  A 5 ,  A 8 ,  A 12 ,  A 16 ,  A 37 ,  A 40 ,  IP 7 , N 6, N 8, N 117
Administração Infraestruturas de Portugal
Regime Gratuito
Tráfego médio diário 86 968[1] (Dezembro de 2017)
Troço da IC17, em Lisboa, com 4 vias por faixa de rodagem.

A IC17 - CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa), é uma via rápida portuguesa com perfil de autoestrada que circunda a cidade de Lisboa nos seus limites terrestres, a norte e a oeste. A numeração A36 está reservada caso esta estrada venha a ser convertida numa autoestrada. A CRIL é comparável ao Rodoanel Mário Covas (auto-estrada que circunda a cidade de São Paulo, no Brasil) e ao Grande Raccordo Anulare (auto-estrada que circunda Roma, em Itália). Liga Algés a Sacavém, numa extensão de 21 km e fecha um anel rodoviário em torno de Lisboa, também a sul, pelo seu seguimento contínuo com a Ponte Vasco da Gama e com a A12.

Esta via rápida tem como objectivo captar e escoar o trânsito ao longo de todo o perímetro do concelho de Lisboa. A IC17 tem maioritariamente um perfil transversal de 2x3 vias, embora em alguns troços tenha um máximo de 4 vias por faixa de rodagem. O limite de velocidade é de 90 km/h entre Algés e a Buraca, 70 km/h, controlado através de radares, entre a Buraca e Alfornelos, 90 km/h entre Alfornelos e a A8 (neste troço, partilha 600 metros com o início da A8), e de 90 km/h entre a A8 e a Ponte Vasco da Gama (excepto no Túnel do Grilo, onde a velocidade máxima é 70 km/h).

Construção pela Tecnovia do IC 17 CRIL, lanço Sacavém - Olival de Basto, incluindo o Túnel do Grilo

História[editar | editar código-fonte]

A inauguração do primeiro troço, Algés-Benfica, deu-se em 1991[2].

Conclusão da CRIL: Troço Buraca - Pontinha[editar | editar código-fonte]

O último troço da CRIL (o troço entre a Pontinha e a Buraca), numa extensão aproximada de 4 km, foi inaugurado a 16 de Abril de 2011. O início dos trabalhos foi sendo sucessivamente adiado devido a desentendimentos e polémicas na escolha do traçado.

Tendo-se chegado a um entendimento entre os concelhos de Amadora, Odivelas e Lisboa, foi adjudicada a obra para a conclusão desta via fundamental. O projecto consistiu na construção de um túnel que atravessa as zonas mais populosas destes três concelhos (caso da Buraca e Alfornelos). Em partes deste novo troço, a CRIL é também em "vala aberta" (por exemplo, junto ao Bairro de Santa Cruz).

A construção da CRIL entre a Buraca, as Portas de Benfica e Alfornelos permitiu modernizar bairros, redefinir acessos rodoviários e demolir construções clandestinas[3].

O traçado da CRIL atravessa, na Buraca, o Aqueduto das Águas Livres e o subsidiário Aqueduto das Francesas. Foram adoptadas medidas que permitiram minimizar o impacto nestas estruturas.[4]

A primeira abertura parcial ocorreu a 15 de Junho de 2010, com o prolongamento, ainda apenas no sentido Sacavém - Algés, até Alfornelos. O último troço da estrada abriu em 2011, estabelecendo um novo percurso de 3,6 quilómetros entre a Buraca (Amadora) e a Pontinha (Odivelas).

Estado dos Troços[editar | editar código-fonte]

Troço Situação km
Algés - Miraflores Em serviço (2002)
(Concessão: Grande Lisboa)
0,7
Miraflores - Buraca (  A 37 ) Em serviço (1995)
(Concessão: Grande Lisboa)
4,5
Buraca (  A 37 ) - Pontinha (  A 16 ) Em serviço (04/2011)
(Concessão: Grande Lisboa)
3,8
Pontinha (  A 16 ) - Sacavém (  A 12  /  A 1 ) Em serviço (1998)
(Concessão: Grande Lisboa)
11,5

Obras de arte[editar | editar código-fonte]

Perfil[editar | editar código-fonte]

Troço Perfil Extensão
Algés -  A 5 
2 km
 A 5  - Túnel do Grilo
ou
14 km
 A 8  - Sacavém
4 km

Saídas[editar | editar código-fonte]

Algés - Sacavém[editar | editar código-fonte]

Número da Saída Nome da Saída Estrada que liga
| (sentido Algés) Lisboa (centro)
Belém
Alcântara
Passeio Marítimo de Algés

Avenida de Brasília
Avenida Dr. Alfredo Magalhães Ramalho

1
(sentido Algés)
Cascais
Oeiras
EN6
2
(sentido Algés)
Linda-a-Velha
Miraflores
Algés
Alameda Fernão Lopes
Avenida Maximiano Lemos
Avenida General Norton de Matos
Rua Afonso Praça
3 Lisboa /  A 2  SUL (sentido Sacavém)
Cascais (sentido Algés)
 A 5 
4 Amadora / Sintra (sentido Sacavém)
Belém /  A 5  Lisboa /  A 2  SUL (sentido Algés)
EN117
Buraca / Parque de Campismo / Outros destinos (sentido Sacavém)
Parque de Campismo / B.º Boavista / B.º Zambujal (sentido Algés)
Estrada da Circunvalação de Lisboa
5 Alfragide
Zona industrial
Zona comercial
Praça Contra-Almirante Vítor Crespo
6 Sintra / Amadora / Buraca
2ª circular / aeroporto / Lisboa (centro) / Campolide
 A 37 - IC 19 
Avenida Eusébio da Silva Ferreira
7 Portas de Benfica
Venda Nova
Damaia
Amadora (centro)
8 Benfica
Alfornelos
Falagueira
9 S. Brás
Belas /  A 9 CREL 
Benfica / Pontinha
 A 16 
10 Odivelas (oeste)
zona comercial (Strada Outlet)
11 Odivelas (centro) /  A 9 CREL 
Lisboa (centro) / Lumiar / Olival Basto
 A 40 - IC 22 
N 8
12 Loures
Leiria
 A 8 
13 Lisboa / Camarate / (  A 2 ) SUL  IP 7 
(Eixo Norte-Sul)
14 Lisboa (centro) / aeroporto
Porto / Alverca
Parque das Nações
Moscavide
Sacavém / Bobadela
 A 1 

Avenida Marechal Craveiro Lopes

 A 30 - IC 2 

direcção SUL
A33 Montijo - Setúbal - A2 ALGARVE - A6 Évora
Ponte Vasco da Gama
 A 12 

Polémicas[editar | editar código-fonte]

Contudo, esta via rápida tem tido diversos problemas tanto a nível geográfico (devido à geografia dos terrenos que cercam Lisboa), como a nível administrativo (devido aos empreendimentos que se situam à porta da cidade). É o caso do quilómetro 10 (900 m após o nó da Pontinha com o IC16) que atravessa os terrenos da Escola Profissional Agrícola D. Dinis. Se assim não fosse, a estrada teria de dar uma enorme curva que aumentaria muito mais o seu percurso, e teria de acabar com bairros habitacionais situados nas proximidades. Contudo, são duas estruturas totalmente independentes, pois o acesso entre terrenos na escola, faz-se por uma passagem superior, devidamente vedada, e a via rápida também possui vedações e barreiras bastante seguras na zona.

Notas e referências

  1. Relatório de Tráfego na Rede Nacional de Autoestradas – 4.º trimestre de 2017 (PDF) (Relatório). Instituto de Mobilidade e dos Transportes. Fevereiro de 2018. p. 6. Consultado em 18 de Maio de 2018 
  2. Inês BOAVENTURA: “Último troço do IC16 inaugurado, 23 anos depois do início da CRILRTP (2014.11.21)
  3. Sampaio, Catarina (2014). Habitar o 6 de Maio : as casas, os homens, o bairro, Tese de Mestrado em Antropologia Social e Cultural, apresentada à Universidade de Lisboa, através do Instituto de Ciências Sociais.
  4. «Acompanhamento do Património Cultural» (PDF). Estradasdeportugal.pt. Arquivado do original (PDF) em 9 de maio de 2009 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]