Primeiros Sons do Hino da Independência

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Primeiros Sons do Hino da Independência
Primeiros Sons do Hino da Independência
Autor Augusto Bracet
Data 1922
Gênero pintura histórica
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 250 centímetro x 190 centímetro
Localização Museu Histórico Nacional

Primeiros Sons do Hino da Independência, também conhecida como Hino da Independência,[1] é uma pintura de Augusto Bracet. A data de criação é 1922. A obra é do gênero pintura histórica. Está localizada no Museu Histórico Nacional. Retrata, entre outros, Pedro I do Brasil e Evaristo da Veiga, em 1822.[2]

A obra foi produzida com tinta a óleo. Suas medidas são: 190 centímetros de altura e 250 centímetros de largura.[2]

Bracet representou um momento no processo da Independência do Brasil, a saber a composição do Hino da Independência, cuja autoria oficial é de Dom Pedro e Evaristo da Veiga. Dom Pedro aparece sentado ao piano, aparentemente cercado de pessoas da Corte, compondo o hino. A representação não traz elementos heróicos.[3]

A representação de Bracet está baseada na memória de Francisco Canto de Mello, aliás um trecho de escritos dele foi apresentado no catálogo na primeira apresentação pública do quadro, como forma de contextualizar a pintura.[3]

A obra de Bracet foi apresentada publicamente na Exposição de Arte Contemporânea e Arte Retrospectiva do Centenário da Independência, iniciada em 12 de novembro de 1922. A pintura foi selecionada em 1923, juntamente com obras de Georgina de Albuquerque, Helios Seelinger e Pedro Bruno,[4] para ser comprada para o acervo público, o principal prêmio desse evento de belas artes cuja função era adquirir obras que remetessem à formação nacional do Brasil. A seleção foi realizada por Flexa Ribeiro, Archimedes Memória e Rodolfo Chambelland, com a principal tarefa de buscar novas representações iconográficas à interpretação histórica da independência.[3]

Ante representações triunfais de Dom Pedro no processo da independência, como Independência ou morte, de Pedro Américo, a pintura de Bracet explora a intimidade do imperador,[3] oferecendo-lhe uma atuação doméstica e até feminina.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Primeiros Sons do Hino da Independência». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 9 de maio de 2018 
  2. a b «Museu Histórico Nacional». www.museuhistoriconacional.com.br. Consultado em 9 de maio de 2018. Arquivado do original em 25 de outubro de 2017 
  3. a b c d Vincentis, Paulo de (6 de novembro de 2014). «Pintura histórica no Salão do Centenário da Independência do Brasil». doi:10.11606/D.100.2014.tde-23012015-092503 
  4. «BELAS ARTES. O SALÃO DE 1922. O Jornal, Rio de Janeiro, 23 nov. 1922, p. 3. - Egba». www.dezenovevinte.net. Consultado em 9 de maio de 2018 
  5. Cavalcanti Simioni, Ana Paula (4 de fevereiro de 2014). «Les portraits de l'Impératrice. Genre et politique dans la peinture d'histoire du Brésil». Nuevo mundo mundos nuevos (em francês). ISSN 1626-0252. doi:10.4000/nuevomundo.66390