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Edgar Brasil

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Edgar Brasil
Born1902
Died4 January 1954
Other namesEdgar Hauschildt
OccupationCinematographer
Years active1928-1954 (film)

Edgar Brasil (1902–1954) was a German-born Brazilian cinematographer.[1] He worked on more than fifty productions during his career. Edgar Hauschildt (1902-1954), conhecido como Edgar Brasil – nome dado pela mãe – nasceu em Hamburgo na Alemanha e cresceu no Rio de Janeiro com a mãe Maria Hauschildt, com pouco contato com o seu pai, o fazendeiro Cornélio de Souza Lima. Conforme consta no livro Enciclopédia do Cinema Brasileiro, de Fernão Ramos, Brasil começa a trabalhar cedo e desde jovem demonstrava aptidão para o desenho, tendo sido matriculado por sua mãe em cursos livres da Escola de Belas Artes. Aos 18 anos alista-se no Tiro de Guerra, onde se tornará cabo em 1922, mas sem conseguir a promoção para sargento termina sua carreira militar em 1923.

Nesse mesmo ano, aos 23 anos, Edgar começa a trabalhar como tradutor na Inspetoria para Profilaxia da Lepra e Doenças Venéreas, onde conhece Haroldo Mauro, com quem Heffner teve a oportunidade de conversar: “Na verdade foi o Haroldo que levou o Edgar para o cinema”, explica. “O Haroldo gostava dos desenhos do Edgar, que desenhava muito bem. Por volta de 1925, o Edgar comprou uma câmera de fotografia e o Haroldo, que já admirava os seus desenhos, passou a gostar também das suas fotografias fixas”, conta o pesquisador.

Haroldo era irmão de Humberto Mauro, que havia iniciado junto com Pedro Cornello o período que hoje é conhecido como o Ciclo de Cataguases que ocorreu na cidade mineira no início da década de 20. “Quando o Humberto brigou com o Pedro, em 1927, o Humberto acaba ficando com os patrocinadores da cidade e tem que constituir uma pequena nova equipe e basicamente conseguir um novo fotógrafo”, diz Heffner. É nesse momento que o Haroldo faz a ponte entre o seu irmão e Edgar Brasil que, mesmo sem saber nada sobre uma câmera de cinema, vai para Cataguases iniciar sua carreira cinematográfica com Humberto Mauro.

Em Cataguases, Edgar faz a fotografia dos filmes Brasa Dormida (1928) e Sangue Mineiro (1930). Para o professor Carlos Augusto Calil esses filmes foram o seu aprendizado na profissão: “Ele imediatamente se destacou pela segurança, inesperada num iniciante, e pelo enquadramento rigoroso, que contribuía para a fluência narrativa desses filmes”. Heffner menciona que Humberto Mauro havia dito que ia trazer um grande fotógrafo do Rio e ficou constrangido em dizer que ele não entendia nada de cinema, mas resolveu correr o risco. “Se você comparar as primeiras imagens feitas por Edgar, no Jockey Club do Rio, com o que sobrou da época, ele já estava no padrão do cinema brasileiro do período e, em alguns momentos, até apresentava uma criação estética mais sofisticada, embora nos primeiros anos ele ainda cometesse muitos erros. Ele já tinha talento suficiente, não só pra se inserir, mas também pra ultrapassar o estágio de criação fotográfica que existia naquele momento. E ele foi incorporado”, complementa o pesquisador.

Selected filmography

References

  1. ^ Shaw & Dennison p.187

Bibliography

  • Shaw, Lisa & Dennison, Stephanie. Brazilian National Cinema. Routledge, 2014.